Experimento com células nervosas cultivadas em polímeros respondeu de forma semelhante a uma retina saudável quando exposto a luz
por Rafael Spoladore Revista Galileu
Trabalho publicado na Nature por cientistas italianos mostrou como polímeros inorgânicos podem recuperar parte da sensibilidade de uma retina danificada de um roedor. O polímero usado é o poli(3-hexylthiophene), que, por ser fotovoltaico, consegue transformar a luz em eletricidade sem a necessidade de outra fonte de energia.
A pesquisa é a evolução de um outro experimento que, há cerca de dois anos, conseguiu fazer crescer neurônios em torno desse polímero. No novo avanço, uma retina danificada foi colocada em cima desse polímero cultivado com células nervosas. Ao receber luz de brilho médio, o sistema reagiu como uma retina normal. Porém, os cientistas dizem que as pesquisas devem continuar, pois o resultado não foi igual para todos os níveis de brilhos captados por uma retina saudável.
A retina é a região que fica no fundo dos olhos e concentra as células fotoreceptoras, que convertem a luz em impulsos elétricos e envia para o cérebro interpretar. A tecnologia poderá ajudar a restaurar ao menos parte da visão perdida por alguns tipos de doenças degenerativas. O próximo passo é implantar o experimento em ratos cegos para avaliar o quanto da visão eles podem recuperar com o uso do polímero.
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