JACI OU LUA: DE GALILEU À SUL 3
A
Lua sempre encantou os seres humanos, várias civilizações dedicaram muito tempo
para produzir arte, ciência e apreciá-la. Na cultura tupi-guarani existem
várias histórias sobre Jaci e Guaraci, a Lua e o Sol. Esses povos, como tantos
outros, possuem astronomia própria que os ajudam a definir o tempo de colheita,
a contagem do tempo, a duração das marés e a chegada das chuvas.
Os
guaranis que vivem no litoral brasileiro, sabem que existe uma relação entre a
Lua, as marés e as estações do ano. Isso os ajudam na pesca, por exemplo, eles
sabem que o camarão é mais pescado entre fevereiro e abril, na maré alta de lua
cheia. Já o linguado é no inverno, nas marés de lua crescente e minguante, o
que mostra o quanto a Jaci para os guaranis é importante.
Em
outras terras, o italiano Galileu Galilei, após aperfeiçoar a sua luneta que
ampliava quase 21x observou o importante astro que ilumina o céu durante as
noites, a famosa Jaci. Isso ocorreu no final de 1609 e início de 16010. Ele fez
o primeiro tratado científico que relatava as observações da Lua, estrelas e
das luas de Júpiter (figura 2). Esse documento de 24 páginas é o Sidereus Nuncius (Mensageiro
das Estrelas). Na figura 1, vemos como o grande cientista desenhou o
que viu por sua luneta.
Nesse
livro, já traduzido para o português, Galileu diz:
Certamente ninguém nunca as observou antes de nós, pelo
que, após cuidadosas e repetidas inspeções, deduzimos a opinião, que temos por firme, de que a superfície da Lua e demais corpos celestes “não é, de fato, lisa, uniforme e de esfericidade exatíssima como tem ensinado uma numerosa corte de filósofos, mas que, ao contrário, é desigual, rugosa e cheia de cavidades e proeminências, não diferente da própria face da Terra, que apresenta, aqui e ali, as cristas da montanhas e os abismos dos vales”. Eis aqui as aparências a partir das quais pude inferir essas coisas (GALILEI, 1610 – os grifou são meus).
que, após cuidadosas e repetidas inspeções, deduzimos a opinião, que temos por firme, de que a superfície da Lua e demais corpos celestes “não é, de fato, lisa, uniforme e de esfericidade exatíssima como tem ensinado uma numerosa corte de filósofos, mas que, ao contrário, é desigual, rugosa e cheia de cavidades e proeminências, não diferente da própria face da Terra, que apresenta, aqui e ali, as cristas da montanhas e os abismos dos vales”. Eis aqui as aparências a partir das quais pude inferir essas coisas (GALILEI, 1610 – os grifou são meus).
Essa
publicação completará em março 409 anos e os estudantes, pais e educadores da
Sul 3 poderão em breve observar a Jaci e outros corpos celestes por meio do
telescópio que recebemos do Projeto “As estrelas brilham para todos". (Sterren
Schitteren Voor Iedereen 'SSVI'). Uma longa história a qual devemos
agradecer a PCNP Sílvia Cleto, a Eric Broens e a Jean-Pierre.
Objetivo do projeto é possibilitar a nossa comunidade observar o céu. Para nossos alunos, é um meio para desenvolver várias habilidades entre elas as relativas ao tema Terra e Universo.
Estaremos divulgando no blog, no link Foguestes&Astronomia, os polos e como será a organização do evento.
Para assistir a mensagem que o astronauta Dirk Frimout acesse nossa matéria:
http://cnaturezasul3.blogspot.com/2019/01/estrelas-brilham-para-todos.html
O telescópio é
assinado pelos seguintes astronauta, os quais agradecemos pelo apoio:
Dirk Frimout (BE)
Frank De Winne (BE)
Thomas Reiter (DE)
Luca Parmitano (IT)
Matthias Maurer (DE)
Samantha Cristoforetti
(IT)
Paolo Nespoli (IT)
Leopold Eyharts (FR)
Alexander Gerst (DE)
Marcos Pontes
(Assinará o telescópio no Brasil)
Alfonso Gómez Paiva
PCNP Ciências da Natureza
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