domingo, 13 de outubro de 2013

NOVA LIGA METÁLICA AMEAÇA A FICÇÃO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

O estudo dos materiais é muito interessante, no caso dos metais há um forte relação entre o domínio das técnicas de uso e a história da sociedade. Agora, os gibis que se preparem para inovarem na criatividade. A nova liga promete destituir a ficção. No site da Discovery Channel saiu o seguinte artigo:
Uma notícia que mais parece saída de uma história em quadrinhos da Marvel conta que cientistas de materiais criaram uma liga metálica que muda de forma e pode ser aquecida e resfriada milhares de vezes. Depois disso, o metal volta ao seu estado original.

Os cientistas já conheciam uma forma especial de metal, dotada de uma estrutura cristalina chamada martensita. Os metais martensíticos são fabricados a partir da combinação de vários metais em uma liga que pode ser esmagada ou dobrada e ainda retornar à forma anterior. Parece mágica, certo? A desvantagem é que depois de uma certa deformação, os metais podem se degradar a ponto de se tornar inutilizáveis.
Uma equipe do Departamento de Engenharia Aeroespacial e Mecânica da Universidade de Minnesota criou uma nova liga de metal martensítico usando proporções específicas de zinco, ouro e cobre. Essa versão se degrada muito pouco depois de mais de 16 mil ciclos térmicos, segundo artigo publicado na revista Nature.
A nova liga de metal pode ter vários usos, segundo a equipe de pesquisadores liderada por Richard D. James e Yintao Song. “Será possível fabricar dispositivos que convertem diretamente calor em eletricidade”, declarou James a Simon Redfern, da BBC. “Esses metais poderiam usar o calor residual dos computadores e celulares para recarregar a bateria e aumentar sua eficiência”.
Além de tais dispositivos de captação de energia, outras aplicações potenciais incluem tecnologias solares espaciais, geladeiras supereficientes, motores a jato mais silenciosos, além de sensores mais eficazes para veículos e equipamentos médicos.
A liga com “memória de forma” foi elogiada como um grande avanço, mas os desafios permanecem, afirmam Toshihiro Omori e Ryosuke Kainuma, da Escola de Engenharia da Universidade de Tohoku, em comentário publicado na Nature. Como seus componentes são dispendiosos, a liga seria cara e difícil de fabricar em larga escala, o que limita sua funcionalidade.
“No entanto, ao fornecer uma direção clara para a fabricação confiável de ligas com memória, Song e seus colegas criaram um verdadeira comoção no campo da ciência dos materiais”, escreveram Omori e Kainuma. Talvez alguém devesse avisar a S.H.I.E.L.D, a agência fictíca do universo Marvel*. Bem, ninguém pode fazer porque ela é só uma agência fictícia. Por enquanto…
*Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão, organização fictícia do Universo Marvel.
Alyssa Danigelis

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